quinta-feira, 27 de março de 2008

O esforço é saudável e indispensável, mas sem os resultados não significa nada."


Essa frase de Paulo Coelho define uma parte do modo como me sinto: desiludida, cansada, desapontada, sem retribuição...

Sinto, sinceramente, que dou demais em tudo o que me meto... Sem distinção, sem triagem da importância de cada coisa... Mas o que mais magoa, é ver que tudo estagna, que não há futuro nesses planos... Que a personalidade de cada um é afectada e, pior, contribui para a divergência da união (que parece não existir!)!Isso desanima, muito....Se a amizade é o elo de tudo, se é o que une as pessoas com a dureza de um diamante, porque não é ela também construida? Dou por mim a pensar que culpas terei eu no cartório, até que ponto não serei responsável por essa desunião com a minha "estupidez"....



Só penso: para quê todo este esforço?Valerá?


Quero somente eliminar as ultimas duas horas da minha vida: maus comportamentos, más respostas, más atitudes. Todo este desanimar revolta-me e a consequência fica bem vísivel.

segunda-feira, 24 de março de 2008

...Maresias de ti...





Aqui neste quarto, com suaves e convidativos instrumentais pairando no ambiente, dou por mim sozinha... ou nem tanto...




Vejo-me numa luta interna...




Vacilo...




Como que se estivesse dividida.... E essas divisões lutassem entre si...




Tenho-te diante de mim, e a minha vontade contorce-se...




Deambula quer puxada pelo orgulho próprio, quer pela fraqueza do sentir...




De te sentir...




Porque não sais?




Anseio por esse momento, pela altura em que sairás da minha vida do jeito como te vejo...




Quero ver-te com outros olhos...








Desespero.... talvez...




Enlouqueço, ou talvez não...




Sobrevivi até agora, sobreviverei mais...




Ver-te-ei afastar-te de mim com o mar, qual grão de areia...




Podes ter sido todo o meu areal, mas, com o aliar da determinação e do tempo, todo esse poder irá desmanchar-se! A força do meu mar vai-te diminuir, qual erosão... Ir-te-às resumir a um insignificante grão de areia que me cegou...



O orgulho e amor-próprio vencerão... e chegarei a bom - porto: serei uma gaivota livre... de ti.


continuando "excessivamente excessa", agora pelo lado mais romântico:
"...Pensei que fosse mais fácil contigo longe
afinal dói muito mais a tua ausência
do que a indiferença da tua presença.....
Um coração que fingiu...foi apenas brincar...
Não quero pensar que não esteja a sonhar...
Quero apenas uma explicação...
Parvo em acreditar que a saudade iria ganhar..."

domingo, 23 de março de 2008

negatividades...



Se achava que a desilusão era o sentimento com o qual pior sei lidar - porque, simplesmente, não lido- posso acrescentar-lhe os remorsos.

A espontaneidade e a impulsividade, que dizem ser-me caracteristicas, no campo da a relação com as pessoas é-me em quase nada favorável. Não é propositadamente que respondo torto, que tenho um olhar ameaçador ou que tenho qualquer outro tipo de comportamento mau (não somente menos bom, realmente mau). Mas, mesmo que seja da minha natureza, sei que tal não é desculpa para muito do que faço...

Um pedido de desculpas, por vezes não é suficiente...E não são questões de orgulho que estão em causa... Esse pedido não é mesmo suficiente, porque o mal ja está feito, irremediavel e repetidamente feito.


Embora pareça um carácter vingativo, vezes há em que essa "resposta torta" é merecida... Essa resposta vem mais como autodefesa, como uma estratégia para não deixar a carruagem descarrilar, mas... o maior dos problemas não surge aquando do dar a resposta... surge no depois... na ressaca... na reflexão... E aí, a alma remói... A consciência pesa, o coração envergonha...


Não te vou pedir desculpa pelo ser que és - tenho um caminho a cumprir - mas peço-te desculpa por seres pessoa. Como tal, devo-te, no minimo, respeito!

Pode até nem te afectar o que digo ou deixo de dizer, e o modo como ocorre a interpretação dos acontecimentos no teu mundo, sejamos sinceros, vai deixar de me ser relevante ou constrangedor! Mas a interpretação que esses acontecimentos têm no meu mundo levam-me a crer que algo não está esclarecido...(Se pelo menos soubesses a utilidade da palavra...) Não vou mais achar que estarei em destaque no teu mundo, mas sinto que esses acontecimentos têm razão de ser, e, de alguma forma, o simples facto de eles acontecerem, merecem, no minimo merece que respeite e que não te agrida.



Acredito viemente que o sono irá evaporar este sentimento a que muitos chamam remorsos, para fora de mim.

E amanhá será outro dia, verdade?

sábado, 22 de março de 2008

. . . completando. . . .

It's been the longest winter without you
I didn't know where to turn to
See somehow I can't forget you
After all that we've been through
Going
Coming
Thought I heard a knock(Whose there, No one?)
Thinking that (I deserve it)
Now I realized That I really didn't know.

If you didn't notice
You mean everything (quickly I'm learning)
To love again (all I know is)
I will be OK.

(Chorus)
Thought I couldn't live without you
It's gonna hurt when it heals too
Oh yeah (It'll All get better in time)
Even though I really love you
I'm gonna smile cause I deserve too
Oooh(It'll all get better in time)

I could of turned on the TV
Without something that would remind me
Was it all that easy?To just put us out your feeling
If I’m dreaming
Don't wanna to let it (hurt my feelings)
But that's the past (I believe it)
And I know that, time will heal it
If you didn't notice
Well you mean everything (quickly I’m learning)
Oooh turn up again (All I know is)
I will be ok

(Chorus)
Thought I couldn't live without you
It's gonna hurt when it heals too
Oooh yeah (It'll all get better in time)
Even though I really love you
I'm gonna smile cause I deserve too
oooooh(It'll all get better in time)

Since there's no more you and me (No more you and me)
This time I let you go so I can be free
And Live my life how it should be
No matter how hard it is
I'll be fine without youYes I Will

Thought I couldn't live without you
It's gonna hurt when it heals too
Oooh(It'll all get better in time)
Even though I really loved you
I'm gonna smile cos I deserve too
yes I do(It'll all get better in time)
Thought I couldn't live without you
It's gonna hurt when it heals too
yeah Ooooh oooooh (It'll all get better in time)
Even though I really loved you
Going to smile cos I deserve too
Ooooooh (It'll all get better in time…..)

. . . . . . . . . . . . .
Leona Lewis - Better in Time

quarta-feira, 19 de março de 2008

"I just think we're in the same mood, but living two worlds appart"


Continuo a achá-lo, ou talvez não.

Já se me ocorreu a ideia de que, afinal, podemos não estar em sintonia.. Vendo isto imparcialmente, eu não faço parte do teu mundo. Mundo esse que me é, na sua imensidão, maioritariamente desconhecido. Esse facto, por si só, é capaz de alterar muito.



Tal como numa das entradas anteriores, o maior engano é acreditarmos nas coisas porque queremos que elas aconteçam e não porque realmente elas ocorreram. E, o querer, também, e sobretudo nestes assuntos, faz toda a diferença, todo o sofrimento.

O destino, ou outra entidade superior não divina, teima em não permitir que o teu aroma viaje ao sabor do vento, para um lugar distante a mim... O mar continua a trazer-me aquilo que eu quero esquecer.... E toda a minha bussola guia o meu pensamento para ti... Como que viciada estivesse, mesmo que tenha construído mais um segmento de orgulho... Mesmo que não raramente essa corrente seja quebrada: momentos de fraqueza, frágil natureza humana... Humanamente preocupada com os que me rodeiam, mesmo que se limitem a passear timidamente na berma do meu mundo.... O tempo flui ao seu ritmo natural, e a ambiguidade de sentimentos vai flutuando por entre ele: umas vezes positivamente desagradavel, outras negativamente reconfortante.... Da adoração e fascinio por mais um arbusto derrubado na selva do teu mundo, logo surge o declinio de todas as ilusões de topo tecidas a respeito do teu ser... a desilusão e a revolta dançam de mãos dadas...Intensa e persistentemente, ancorando-me, fazendo todo o meu mundo rumar ao longínquo, infinitamente afastado de ti... Mas é mais uma complexa ilusão: vejo que mergulho perdida nesta tua teia onde cedem sentimentos, modos de ser e estar, relacionamentos, virtudes...





Resta-me apenas reencontrar-me com a teia de onde fugi, aquela que tem o meu nome gravado e que suporta toda a identidade que até ao momento tem sido construida... Quando a reencontrar, tudo o que me permitiste aprender será agradavelmente adicionado a bagagem: todo o acontecimento tem um porpósito... Basta apenas considera-lo pelo lado positivo, considerar que te acarretou ganhos, que serão a luz que irá intimidar a escuridão que pensas habitar em ti...



Pelo nada que me será muito, obrigada.

terça-feira, 18 de março de 2008

quero dançar....


quero correr.....


apetece-me gritar...


quero abraçar-te....


quero estar contigo....


matar as saudades que um fim-de-semana deixou instalar....


colmatar este vicio que és (também) para mim....


quero berrar....


libertar esta energia que circula em mim....


quero uique com after-eight (a.k.a. bayley's mint-chocolat) (LOL)


quero dormir, nao quero ir amanha, quero gozar as ferias e não trabalhar...




quero tudo o que quero e não querer nada...


quero-me decidir por algo de uma vez....





Isto de querer tem muito que se lhe diga!! - Que faço?


quinta-feira, 13 de março de 2008

"dar vida ao tempo e nao tempo à vida"


Folheando uma capa do semestre passado - bioética, creio eu - surgiu-me essa expressão: "dar vida ao tempo e não tempo à vida": uma atitude que alguns profissionais de saúde deveriam adquirir.

Dessa mesma expressão, a qual se juntam as vivências, reparo na demora que há no amanhã: tanto tarda poder ajudar efectivamente alguém. Mais uma vez, demora tanto a ser realmente uma ajuda no verdadeiro sentido da palavra. Não que queira correr contra o tempo - eu tenho todo o tempo e mais algum; não que queira chegar mais cedo ao tão hoje, especialmente hoje, referido "centro de desemprego". Enfermagem não é só isso. Enquanto houver doentes, idosos e mesmo pessoas saudáveis, continuará a existir enfermagem, continuarão a ser precisos enfermeiros, ainda que não se apercebam de tal.

Mais uma vez me reporto às tão produtivas, ainda que aborrecidas e prolongadas, viagens de autocarro. É sempre engraçado de ver tanta gente idosa que recorre aos transportes públicos para os passeios, o que é duplamente compreensível. Como é do conhecimento de quem melhor me conheçe, um dos meus projectos, digamos assim, passa por uma especialização em Geriatria. Desde o ano passado, especificamente, que a temática do envelhecimento me despertou a atenção. E com o ingresso na faculdade, a percepção da realidade é outra, há mais contacto (ainda que não tanto quanto o pretendido).

Custa-me ver o desrespeito que há pelas pessoas idosas. Tanto fizeram por nós, e acabam por cair no esquecimento, na negligência. É revoltante. Ouvindo o relato de uma dessas pessoas, apercebi-me do sofrimento que enfrentam: pior que o não reconhecimento (e possivel agradecimento por todos os esforços feitos em prole de um futuro mais risonho dos descendentes), todo o trabalho, suor (ainda que não seja exigido algo em troca - embora fique sempre bem), de nada serviram. É horrivel ver alguém, ainda que com uma idade avançada, não ter fé alguma no futuro. É inexplicavél. Injusto. Desumano, simplesmente. É completamente desumano ser-se, para além de ingrato, manipulador, não permitir a assitência que qualquer pessoa, independentemente da idade, e nesta ainda mais, necessita. Um simples carinho, uma atenção, resolvem tanto! O terrorismo que é negar a uma pessoa a liberdade de que, de certa forma, ansiava no momento da reforma; o terrorismo que é, intecionalmente ou não, fazer por agravar a situação de alguém. O triste que é ver um idoso relata-lo. O triste que é ver alguém preferir tudo - incluindo a morte - à vida que têm com familiares. O triste que é alguém chorar na vossa frente, com certa vergonha do que fizeram, mesmo sabendo que sacrificaram e fizeram tudo o que podiam para que a vida de outro alguém fosse a melhor, achando ainda que a única coisa que falta fazerem é morrerem, para deixar de ser uma fardo! A morte como digna salvação de tudo: é deprimente.

Pior ainda, é revoltante nada poder fazer para ajudar quem se encontra nesta situação. Uma vez mais, sinto-me impotente. E isso entristece-me. Desta vez, o "só ter 19 anos", o "já estar no segundo ano", são factos frustrantes, deveras. O não ter poder para fazer melhor. O querer ajudar não ser suficiente. Estou num estado de tristeza indescritivel. Se ao menos isto pudesse aliviar por momentos o sofrimento desta pessoa a quem devemos tanto....
Desculpe....

sábado, 8 de março de 2008






"Mulheres são como maçãs em árvores: as melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque têm medo de cair e de se magoarem. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, eles estão errados... Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."




Não por ser dia da Mulher, mera coincidência, mas, antes, por ser mais uma citação pertinente.

terça-feira, 4 de março de 2008

Procurando a poesia do desejo, encontrei muito mais..... Uma bonita forma de, mais uma vez, ilustrar aquilo que me tem acontecido:


"O maior engano do espírito é acreditarmos nas coisas porque queremos que elas aconteçam, e não porque tenhamos visto que elas existem de facto".



domingo, 2 de março de 2008

...ambiguidades...

Era uma vez, um jovem casal que decide, após alguns anos de namoro, dar o "grande passo". Por falta de diálogo e, porventura, ignorância ou ingenuidade à mistura, toda a carruagem amorosa parece ter desmoronado desde essa altura. E é por haver um que dá tudo de si e outro que recebe tudo do outro, que, actualmente, já nada funciona! Tudo se resume a cansaço, descrença, por um lado, e aborrecimento e impaciência, do outro. O que, talvez, agrava esta situação, são as "crias" do casal, que, inocentemente ou não, acabam por ser o bombo da festa.


É certo que a história de anos não está aí descrita, nem pela metade. Mas, sinceramente, nos dias de hoje, qual acham que seria (ou será) o final desta história? Pois bem, pela sugestão da sociedade, a resposta a esta "retórica" seria divórcio. Mesmo depois de inúmeras visitas a psiquiatras, psicólogos, médicos, padres e outros terapeutas, tudo parece apontar para esse sentido, e porquê? Por sugestão das estatisticas da sociedade actual e pela não tomada de atitude, não uma atitude qualquer, mas sim A atitude. Uma tomada de posição marcante, vincada... Tanto poderia resolver....


O que tem isto a ver comigo? Tudo!

É apercebendo-me destas realidades, e pelo que vou conhecendo de mim que me apercebo que vida de casada não seria, definitivamente para mim. Nestes ultimos tempos tive, é certo, uma necessidade (ou carência?), de ter alguém para mim, aquele, embora a ideia de que namoro também não é para mim prevalecesse. E passo a explicar o porquê de não ser para mim, e de não ter sido até agora.

1º, como muitos me têm questionado face à minha resposta negativa à pergunta "tens namorado?", embora haja namoros homossexuais.... não sou lésbica (ou, como costumo dizer, ainda tenho os meus namoros (três, precisamente) "lésbicos" para assumir) (lol)!

2º Namoro, embora nos dias de hoje pareça uma curte (troca-se de namorado/a como se troca de camisola), algo passageiro, é algo que encaro como muito sério e trabalhoso. E, ao trabalho que nos exige, é necessário sentimento que nos mova, sentimento que compense todo esse trabalho, toda a entrega. - Isto, por si só, explica os "nãos" dados até agora, desculpem-me se não o expliquei bem. Nos dias de hoje, pode-se equiparar o "aceitar namorar" da minha parte ao "aceitar casar" de muita gente.

3º Mesmo que eu pense assim, poucos ou nenhuns serão os que pensam como eu, o que me "desanima" ainda mais.


Corrigindo, talvez não desanime de todo, ou melhor, a todo o momento. Esse desânimo, é, por vezes, uma consolação. "O que não te mata torna-te mais forte". Não sei já onde li isto, mas aplica-se. Nesta "ressaca" de mais um momento menos «in», chamemos-lhe assim, positivamente falando, consigo, mais uma vez, ver como eu própria me coloco nesta posição.


Ambiguidades.... como necessito de ter aquele alguém para mim, bem juntinho a mim, e como, no fundo, não acredito que o possa ter, não o queira ter. Seja quem for. Como me é duvidoso e estranho imaginar-me em tal situação. Sei, estou farta de saber e de "levar na cabeça", que não tenho por que imaginar mas simplesmente sentir.

Ambiguidades.... como "o amor eterno chega a durar 3 meses", como acredito que tudo não passa de ilusões, nada tangível. Como simplesmente, não acredito!

Ambiguidades.... como tanto desejei, após anos de "jejum" voltar a sentir-me viva, apaixonada, mesmo que tal pudesse implicar dor e sofrimento.

Ambiguidades.... como queria que essa paixão fosse natural, sentida, e como me pareceu ter sido uma paixão forçada pela mente, pelo querer. (O que, porventura, terá sido o melhor, na medida em que poderia ser mais facilmente controlada).

Ambiguidades... "como pode ser tão bom esse mal que tu me fazes" (pacman), ou fazias, melhor dizendo.


Apesar da possivel má experiência, o "mal-estar" que todas as minhas estratégias defensivas (o não acreditar, sobretudo, neste tipo de felicidade - ao contrário da maioria das raparigas (acho eu) eu não me imagino nem me vejo casada, por isso, não se espantem se a minha geração se casa a pensar no divórcio, isto é, se se casa de animo leve) não conseguiram evitar, tudo foi bem superado, melhor até do que me julgava capaz. E para minha grande felicidade, o melhor de todos os bens - a amizade - não foi, (espero eu estar a interpretar bem) posta em causa. Posso dizer que tudo se processou com bastante maturidade. E, daí, só posso agradecer com todas as forças e dar o máximo de mim, para que a amizade se mantenha, se construa forte e bela.

Aqui, não há ambiguidades.