sábado, 12 de setembro de 2009

Tudo isto se torna insuportável... tanto sofrimento me rodeia... e eu, egoísta, tento fugir...
Não encontro soluções capazes... Não sei do meu discernimento... Tenho um medo enorme de aconselhar, pois tenho ainda mais medo do amanhã, das consequências que os meus actos irreflectidos possam ter. Pior, que o meu pensamento inexperiente leve a consequências que sei ser capaz de suportar, mas que sei também que podem ser fatais. Tento comunicar... Falta-me o jeito... como lidar com isto? O que é suposto fazer? Estou encerrada neste escuro... Sem saber o que fazer... o desespero já é muito..

Temo tanto um passo em falso... Que deite a perder a vida de outrém...
E uma responsabilidade enorme esta...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Os buracos em que me vou enterrando...


Meados de Setembro aproxima-se... E com esta altura, como é normal, como vai sendo hábito nestes muitos anos (16, pelo menos), o regresso da escola. Desde há alguns anos, é altura também de regressar o tempo em que não tenho tempo para mim. Voltam as responsabilidades: as muitas reuniões, os indios, as dores de cabeça, os 1001 trabalhos, os 20 projectos, as 500 manhãs...os turnos... As sempre sonolentas viagens no fantástico autocarro!
São compromissos a mais para semanas que só têm 7 dias, e em que cada dia só tem 24h. Mania de ser (super) heroína, dá nisto...
É altura de ter uma agenda, mas desta vez, a sério, e dar.lhe um verdadeiro uso. Arranjando tempo para o mais importante: eu!
Sabem bem o quão desorganizada eu consigo ser, e, por muito esforço que faça, raramente cumpro os horários que estipulo para cada tarefa. Mas, o cansaço já é tanto, já está tão acumulado, que me pergunto se o que me acompanha e a minha sombra ou um monte de cansaço...
É altura de estabelecer objectivos, tipo as passas que se comem no Ano Novo..E, não variando, à cabeça está: Ser organizada, ora nem mais...
Preciso mesmo de conseguir ter tempo para tudo, estar mesmo dedicada aquela tarefa durante aquele x tempo determinado...
Sei que tenho alguns sacrifícios, sobretudo comunicacionais, pela frente para o conseguir, mas também já planeei estratégias para que seja mais fácil, ou pelo menos, para que se torne obrigatório cumpri-los.
Daqui por uns tempos, espero estar a blogar sobre este assunto...Pela positiva, claro!

domingo, 6 de setembro de 2009

pensamentos curiosos...


"...Ouros e Copas, nem vê-los... Vou sendo dama de Espadas enquanto Paus não perspectivar ter..."




(LOL)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O fim do "dia mais feliz das nossas vidas"



Esta imagem demonstra como o "para sempre" pode ter (e na maioria das vezes nos dias de hoje, tem) um fim.
Há já algum tempo li que o amor eterno dura 3, 6 meses, ou, com alguma sorte, ainda chega a soprar a vela de ano. Os relacionamentos hoje, não são o que eram antigamente. Ainda mal. Há demasiada levianice nos laços que se criam. Não se chega realmente a uma empatia, a um verdadeiro conhecimento do outro, a nossa cara metade, ou então, pela teoria em que acredito, não se chega a conhecer realmente essa cara metade, alma-gemea, ou o que se queira chamar.
Neste tempo todo, sei que essa minha alma gémea já foi encontrada. Ou, pelo menos, uma delas, embora essa alma tenha um condominio corporal, como vi escrito num outro blog, que não condiz com o que a sociedade estipula para relacionamentos. Ou seja, essa linda alma, habita um corpo feminino. (Sabes bem quem és, ninguém mais precisa sabe-lo, se quiserem, adivinhem :P. E, já agora, desculpa algo menos bem destes últimos tempos).
Retomando à imagem, e falando de casamentos, não há muitos anos atrás, eu era uma crente nas maravilhas do casamento. Embora por um amor platónico, lembro-me de ter admitido que, com esse amor, casaria no limite legal (16 anos, se não estou em erro), já que naquela idade (14) não era permitido.
Avançando uns anos, e nem foram precisos muitos, todo esse mágico sonho "rosa", foi desvanescendo. Aliás, a cada dia que passa, essa tela tem visto a cor escurecer bastante, estando agora cada vez mais cinzenta, para não dizer já, preta.
Olho ao meu redor, e cada vez vejo mais argumentos para tal: daquilo que me tenho apercebido, com o passar do tempo, aquele a quem um dia, porventura, fizemos juras de amor eterno, vais perdendo importância na nossa lista, como que se fosse afundando num poço de insignificância. Sei bem que nem sempre, felizmente, é assim. Em verdade, a maioria desse amor é transferido para os filhos, e não, simplesmente, partilhado. Ou, em casos piores, dada a dificuldade dos tempos que correm, é simplesmente negligenciado, pois o tempo que é necessário ser partilhado, é desviado para assuntos laborais.

Ás vezes, quando vejo um casal com mais idade, pergunto-me: será que ainda se amam? ou simplesmente não querem estar sozinhos?qual o segredo?
Sei que os momentos difíceis fazem parte de um casamento, como, aliás, de qualquer outra relação, mas, sinto que nos dias de hoje, há demasiado facilitismo. Á mínima dificuldade, a palavra divórcio surge no dicionário e enclausura-se nas paredes do lar.

Na minha opinião, uma relação amorosa serve para que sejamos felizes. Os atritos que se vão criando devem servir para que os momentos especiais, aqueles que aparecem nas fotografias e que ficam gravados na memória, sejam mais saborosos; servem para que nos conheçamos cada vez melhor... Mas não é isso que tenho visto.

Justifico o meu "não pensar em casamento" (porque dizer logo "não me quero casar" é muito chocante para os mais conservadores familiares) com um "sou ainda muito nova", "ainda tenho um curso para terminar", "casar é caro"... Se calhar este ultimo não está assim tão acertado. O mais correcto seria "casar dá muito trabalho", e, quem menos tem possibilidade de ferir susceptibilidade, sabe que eu o digo várias vezes.
Custa-me um pouco ver que num barco onde ambos devem remar no mesmo sentido, se vê ou cada um remando para o seu lado mais conveniente, ou então só um remando e o outro a "ficar na sombra da bananeira", numa posição de total indiferença. São estas pequenas, mas grandes e constantes coisas que me levam a desanimar. Lá no fundo, é um ideal que se vai desmoronando. Ver os ideiais desta sociedade distorcida, deixa.me assim. Tal como também já justifiquei à insinuação de que "vamos para o casamento a pensar no divórcio", a verdade é que, muito ou pouco, vamos sabendo aquilo que podemos, e queremos, oferecer, no entanto, nunca sabemos com o que poderemos contar da outra metade.


E tudo isto pelo que se vê, e porque também já me assustaram, dizendo que começaram a preparar o meu enxoval. (Vai-me parecendo, que há susceptibilidades a ferir...)
Acho que, para piorar um pouco as reflexões, vou começar a dissertar sobre politica, e começar a defender o vermelhinho que, só neste caso, tanto admiro.

Até algo bem pior...
Portem-se mal, com juizo

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Desilusão, dilemas, desconhecimento


Estava eu, a pouquinho, a remoer com os meus botões, quando uma música, com uns acordes mais convidativos, transportou à minha mente uns pensamentos mais melancólicos... Eis que revejo e faço revisão a alguns aspectos do dia que hoje terminou, da semana que está a decorrer...dos tempos que passaram mais recentemente.. Sinto o meu fácies deprimir. Algo se acomoda em mim... uma certa desilusão talvez. Quem melhor me vai conhecendo, sabe que tal é algo com que não sei lidar muito bem. Ironicamente, esta desilusão foi despoletada por me aperceber que afinal, bem analisado o panorama, se contam, nem sei ao certo em quê, as pessoas que realmente me conhecem. Tenho vivenciado reacções que me desapontam. Cada vez mais me apercebo que quem me rodeia, não me conhece verdadeiramente. Mesmo que o revelem pela positiva ou pela negativa, a verdade é que não me agrada que me desenhem como um anjo caído à terra nem como um diabo que decidiu atormentar a pacifica vida terrestre. É certo que essa percepção é subjectiva, depende dos olhos que cada um coloca sobre mim... Mas custa realizar que um dos meus maiores desejos é uma utopia. Se bem que, por vezes, nem eu própria me reconheço. Olho-me ao espelho, e vejo a mesma figura, no entanto, sei que a alma que cá dentro habita, não é a mesma que a vista em muitas das fotos que poisam nos albuns... Sinto-me como uma adolescente, naquelas alturas em que não sabemos quem somos, sabem? Faz parte do processo de crescimento, é certo. Mas não encontro em mim certas qualidades que sempre prezei. Não me tenho sentido tão segura nestes últimos tempos. Já não me lanço quase que de cabeça aos desafios. É certo que as decisões tomadas agora não vão ter uma influencia minima, que preciso de projectar as consequências do futuro, mas vacilo quando um "se" surge... Permito que me perturbem demasiado. Atrás do primeiro "se" seguem-se outros tantos, que se vão multiplicando, e dou por mim afogada num mar de "se's" sem conseguir encontrar a pérola... Não sei nadar, e vou-me afogando cada vez mais, até que uma resposta surge... e volto a reflecti-la e a ponderá-la... tempo passa e a decisão é tomada sobre pressão... Receio o arrependimento... Vou-me tornando filosófica, reflexiva... abandono a minha espontaneidade... Tal como no texto que agora acabei de ler "e se a alma decidisse querer pertencer a outro condomínio corporal?". E se tal já não acontece... Não me reconheço... desconheço-me..a cada situação que percorro. E por tanto vacilar, não sei o que dou a conhecer... mas, sei sim, que dou azo a falsos conheceres... E o ciclo continua, freneticamente... até que um dia, espero, para, e serei catapultada para fora dessa roda, que gira sem parar. Espero, se me é permitido esperar, poisar sobre um reconfortante e estavél palco... Onde possa ser a protagonista e autora do meu guião... Pergunto-me: em que parte do tempo até agora percorrido me terei perdido?