quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O fim do "dia mais feliz das nossas vidas"



Esta imagem demonstra como o "para sempre" pode ter (e na maioria das vezes nos dias de hoje, tem) um fim.
Há já algum tempo li que o amor eterno dura 3, 6 meses, ou, com alguma sorte, ainda chega a soprar a vela de ano. Os relacionamentos hoje, não são o que eram antigamente. Ainda mal. Há demasiada levianice nos laços que se criam. Não se chega realmente a uma empatia, a um verdadeiro conhecimento do outro, a nossa cara metade, ou então, pela teoria em que acredito, não se chega a conhecer realmente essa cara metade, alma-gemea, ou o que se queira chamar.
Neste tempo todo, sei que essa minha alma gémea já foi encontrada. Ou, pelo menos, uma delas, embora essa alma tenha um condominio corporal, como vi escrito num outro blog, que não condiz com o que a sociedade estipula para relacionamentos. Ou seja, essa linda alma, habita um corpo feminino. (Sabes bem quem és, ninguém mais precisa sabe-lo, se quiserem, adivinhem :P. E, já agora, desculpa algo menos bem destes últimos tempos).
Retomando à imagem, e falando de casamentos, não há muitos anos atrás, eu era uma crente nas maravilhas do casamento. Embora por um amor platónico, lembro-me de ter admitido que, com esse amor, casaria no limite legal (16 anos, se não estou em erro), já que naquela idade (14) não era permitido.
Avançando uns anos, e nem foram precisos muitos, todo esse mágico sonho "rosa", foi desvanescendo. Aliás, a cada dia que passa, essa tela tem visto a cor escurecer bastante, estando agora cada vez mais cinzenta, para não dizer já, preta.
Olho ao meu redor, e cada vez vejo mais argumentos para tal: daquilo que me tenho apercebido, com o passar do tempo, aquele a quem um dia, porventura, fizemos juras de amor eterno, vais perdendo importância na nossa lista, como que se fosse afundando num poço de insignificância. Sei bem que nem sempre, felizmente, é assim. Em verdade, a maioria desse amor é transferido para os filhos, e não, simplesmente, partilhado. Ou, em casos piores, dada a dificuldade dos tempos que correm, é simplesmente negligenciado, pois o tempo que é necessário ser partilhado, é desviado para assuntos laborais.

Ás vezes, quando vejo um casal com mais idade, pergunto-me: será que ainda se amam? ou simplesmente não querem estar sozinhos?qual o segredo?
Sei que os momentos difíceis fazem parte de um casamento, como, aliás, de qualquer outra relação, mas, sinto que nos dias de hoje, há demasiado facilitismo. Á mínima dificuldade, a palavra divórcio surge no dicionário e enclausura-se nas paredes do lar.

Na minha opinião, uma relação amorosa serve para que sejamos felizes. Os atritos que se vão criando devem servir para que os momentos especiais, aqueles que aparecem nas fotografias e que ficam gravados na memória, sejam mais saborosos; servem para que nos conheçamos cada vez melhor... Mas não é isso que tenho visto.

Justifico o meu "não pensar em casamento" (porque dizer logo "não me quero casar" é muito chocante para os mais conservadores familiares) com um "sou ainda muito nova", "ainda tenho um curso para terminar", "casar é caro"... Se calhar este ultimo não está assim tão acertado. O mais correcto seria "casar dá muito trabalho", e, quem menos tem possibilidade de ferir susceptibilidade, sabe que eu o digo várias vezes.
Custa-me um pouco ver que num barco onde ambos devem remar no mesmo sentido, se vê ou cada um remando para o seu lado mais conveniente, ou então só um remando e o outro a "ficar na sombra da bananeira", numa posição de total indiferença. São estas pequenas, mas grandes e constantes coisas que me levam a desanimar. Lá no fundo, é um ideal que se vai desmoronando. Ver os ideiais desta sociedade distorcida, deixa.me assim. Tal como também já justifiquei à insinuação de que "vamos para o casamento a pensar no divórcio", a verdade é que, muito ou pouco, vamos sabendo aquilo que podemos, e queremos, oferecer, no entanto, nunca sabemos com o que poderemos contar da outra metade.


E tudo isto pelo que se vê, e porque também já me assustaram, dizendo que começaram a preparar o meu enxoval. (Vai-me parecendo, que há susceptibilidades a ferir...)
Acho que, para piorar um pouco as reflexões, vou começar a dissertar sobre politica, e começar a defender o vermelhinho que, só neste caso, tanto admiro.

Até algo bem pior...
Portem-se mal, com juizo

1 comentário:

Naiol disse...

Concordo que hoje em dia,ninguém está para aturar ninguém..salvo algumas almas 'perdidas'...e daí que hajam mais divorcios...
Mas não é so nos casamentos romanticos que isso acontece, tambem nas amizades acontece..não discussao dos problemas, nao ha compreensao, cada um para seu lado e pronto..porque, afinal, esta vida é uma selva e o que importa é sobreviver -.-
Enfim...
Se te conforta, tambem ja andam a tratar do meu enxoval ha muito xD e tambem nao faço questao de seguir esse lema do casar xD não preciso de um papel que me diga que eu e o meu amor nos amamos eheh

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