Eis que surge mais uma batalha... em que o meu coração revolta-se com a razão, por esta ter, em tempos, vingado inoportunamente.
De que me adianta ter aprendido a lição, se se mantém um arrependimento de morte, desta luta razão - coração, por tudo aquilo que não fui capaz, ou, simplesmente, não quis sequer ver...?
E quando todos quanto nos rodeiam, denotam tudo o que não vi, essa amargura aumenta... por não ter dado hipótese, por ter deixado escapar por entre os dedos de ambas as mãos, algo que julgo ter sido tão forte, para, apesar de já (e muito!!) ultrapassado, continuar a ser tão visível...
Tenho medo do amanhã... de me ter falsamente esperançado pelos contornos que aparentemente me sorriem dessa crise. Tenho medo que dela surjam, ao invés, mais razões para continuar a ver-te tão perto, a ter-te tão perto, e simultaneamente tão distante, e continuar a sentir mais e mais saudades de ti. Tenho medo que não possa mais sentir esse cheiro quente, admirar essa fluência, descobrir cada contorno desse rosto... por, altruísticamente, querer que a felicidade acompanhe um de nós, sabendo que não nos poderá abraçar simultaneamente.
Esses quase restos mortais que todos ainda conseguem ver, continuam a esperançar-me para que em dias depois de amanhã, talvez possamos ser abraçados...
Será que quando esse dia chegar, as ruínas desse "algo tão forte", se poderão reconstruír? Será tão robusto quanto já poderia ter sido?
Cada milímetro que consigo mais próximo de ti, é simultaneamente uma derrota e uma vitória...Cada sorriso que desenhas, é simultaneamente um motivo de satisfação e uma gota para que a chama dessa esperança desvaneça...Cada momento, cada pormenor... são, concomitantemente, algo de descomunal contradição, por encerrar em mim duas contraditórias pretensões...
Qual delas preferir, sabendo de antemão, que a maior delas, não poderá (para já?) vingar?
Dilemas... o errado resultado de cálculos temporais que a razão não soube resolver, por não ter pedido as devidas explicações no devido tempo.
Uma verdadeira divergência de caminhos em pleno entroncamento?
E agora que escrevo isto... é mais uma prova do que realmente escondo aqui?
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