sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Hoje, tão somente...


00:37. 1 de Março de 2008.


Um novo dia se inicia, um novo mês. Muito muda, menos eu. Ou os comportamentos que decidi mudar. Na Horação de ontem, abordou-se muito o abandonar da racionalidade por breves instantes, para deixar-mos o emocional fluir. Não mo peçam. É justamente o contrário que preciso agora.

Qualquer comentário que seja um pouco mais abstracto já tem feed-back garantido, quase padronizado: uma expressão de desagrado, cansaço e incredibilidade por se adivinhar a palavra que lhe responde. Sinto que tudo gira em torno de esse eixo, um eixo que procurei com alguma ânsia nos últimos, talvez, dois anos, e de que me alegrei de ter reencontrado. Mas agora vejo, qui ça, o outro lado. E já não me alegro. O eixo perdeu as suas funções, vai-se desmoronando. Lentamente sofrível. Não proporcionalmente, o vazio interior parece crescer (parece!), e potencia todo o cansaço. É tarde... Ou será cedo? Com o avançar da hora, com as lutas hoje travadas, contra a própria força da Natureza, com aquilo que a vida nos traz de melhor, mais um dia se passou. E agora, no rescaldo, é necessário pensar que o vazio não cresceu, apesar de assim ter parecido. Que os objectivos podem ser cumpridos e que a racionalidade seráo porventura, a melhor amiga.

Os estimulos outrora certos em momentos de desistência próxima, tornaram - se estímulos de amargura, em momentos de fraqueza. Hoje, para mim, a Horação de ontem revelou-se ainda menos agradável, por ter sido tão eficaz, ao ponto de me despertar mais os sentidos.

Mas isso terá o seu propósito. Daqui a poucas horas, o Sol erguer-se- à para mais uns momentos da sua incansável tarefa. Resta-me seguir o seu exemplo: descansar e esperar. Amanhã, algo será diferente.


Porque não tentar começar essa diferença agora?

Porque não sorrir agora?
É por essa razão que este texto caracterizado como depressivo (à semelhança de algumas frases que tenho expostas), se faz acompanhar de uma imagem relativamente portadora de esperança. Ajudará?

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