Descreio em mim, em ti, no outro alguém.
Descreio no mundo.
Descreio em tudo em que até agora acreditei.
Sinto um vazio em mim.
Sinto-me incapaz...
Olho para trás e para quem tenho diante de mim, e penso:
"até que ponto não terei feito uma má escolha?"
"até que ponto não serei capaz de o fazer?"
"não terei eu exagerado na minha capacidade de enfrentar os desafios?"
Desabafo e simultaneamente permito que um rio se exteriorize, nascido de um imenso aperto interior.
Um rio repleto de negatividade.
Alívio a pressão que se acumulou.
Olho pela janela...
A vida continua, fugaz.
Os minutos parecem segundos...
E o sol teima em não aparecer.
Talvez, pela noite, um outro sol reapareça, e dê mostre a insignificância deste rio, que agora parece sem fim.
Talvez, não. Certamente.
Uma alaranjada certeza, no meio de tanta descrença.
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